Aveia: uma fibra com potencial de melhorar o controle glicêmico

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Após a ingestão de carboidratos a glicemia aumenta, estimulando a produção de insulina. Após um período a glicemia diminui, pois é um indicativo que a insulina está agindo, a insulina está translocando GLUT-4 (transportador de glicose) até a membrana da célula e isso permite a entrada da glicose no meio intracelular.

Quando uma pessoa tem uma boa sensibilidade à insulina, esse transporte de glicose para as células é mais rápido. No entanto, em condições de obesidade há uma resistência à insulina, isso significa que a ação da insulina está prejudicada, promovendo um transporte lento de glicose para o meio intracelular.

Por isso, em pessoas com resistência à insulina ou diabetes tipo 2 a glicemia é elevada, sendo que a insulina destes indivíduos não está conseguindo gerar uma boa captação de glicose.



Sugere-se que pacientes com diabetes consumam pelo menos a quantidade de fibras e grãos integrais recomendada para o público em geral, que é de 14 g de FIBRAS/1000 kcal diariamente ou cerca de 25 g/dia para mulheres adultas e 38 g/dia para homens adultos.

Aveia e fibras dietéticas

A aveia é um alimento fonte de amido e obviamente ela pode elevar os níveis de glicose no sangue. No entanto, ela possui beta-glucana, uma fibra com potencial de melhorar o controle glicêmico e reduzir os níveis de colesterol. É um alimento excelente para indivíduos com diabetes.

As fibras dietéticas promovem um ou mais dos efeitos benéficos, como laxação, redução dos lipídios no sangue, modulação da glicose no sangue devido à sua não digestibilidade no intestino delgado e fermentação no cólon. A aveia é uma boa fonte de fibra dietética solúvel rica em β-glucana, que é considerada um componente bioativo na redução da glicose pós-prandial e nas respostas à insulina, melhorando a sensibilidade à insulina, mantendo o controle glicêmico e regulando os lipídios no sangue.



A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos sugeriu que o consumo de 3 g ou mais por dia de β-glucano de aveia ou cevada pode reduzir o risco de doença cardíaca coronariana (HOU, 2015).

Referências:
E-book OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA. Dudu Haluch e Marcelo Conrado, 2023 (lançamento dia 26/04).
The Metabolic Effects of Oats Intake in Patients with Type 2 Diabetes: A Systematic Review and Meta-Analysis. Qingtao Hou et al. 2015.
Oat Intake and Risk of Type 2 Diabetes, Cardiovascular Disease and All-Cause Mortality: A Systematic Review and Meta-Analysis. Faina Wehrli et al. Nutrients. 2021.




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