Atualmente, a carnitina tem sido frequentemente utilizada por indivíduos ativos como coadjuvante na redução de gordura corporal, sendo usada comercialmente nos suplementos denominados termogênicos.
Os possíveis efeitos termogênico e emagrecedor da substância baseiam-se no fato de que a L-carnitina atua nas reações de transferência dos ácidos graxos cadeia longa do citosol para a mitocôndria, facilitando a oxidação desses e a consequente geração de ATP.
Assim, a hipótese proposta é de que a administração de carnitina poderia ter efeito, tanto no repouso quanto no exercício, sobre a utilização dos ácidos graxos livres pelo músculo, mudando dessa maneira a oxidação de substratos de carboidratos para lipídios, reduzindo o valor do quociente respiratório (QR) [1, 2].
Foi levantada a hipótese de suplementação de Carnitina melhorar o desempenho do exercício em humanos saudáveis através de vários mecanismos, incluindo aumento da oxidação de ácidos graxos do músculo, homeostase da glicose alterada, aumento da produção acilcarnitina, modificação de respostas ao treinamento, e alterou a resistência à fadiga muscular. Estudos clínicos experimentais disponíveis, projetados para avaliar o efeito da carnitina no metabolismo do exercício ou desempenho em humanos saudáveis não permitem conclusões definitivas a serem tiradas. No total , no entanto, esses estudos sugerem que a suplementação de carnitina não melhorar consumo máximo de oxigênio ou o estado metabólico durante o exercício em humanos saudáveis. Administração de carnitina pelo tempo < / = 1 mês em humanos aumenta as concentrações plasmáticas de carnitina, mas não aumenta o conteúdo de carnitina muscular. Ensaios clínicos adicionais que integram as avaliações fisiológicas , bioquímicas e farmacológicas são necessários para esclarecer definitivamente os efeitos de carnitina no desempenho de exercícios em pessoas saudáveis [3].
O grande apelo da carnitina relaciona-a com a maior oxidação lipídica (queima de gordura), contribuindo para perda de peso. No total, no entanto, esses estudos sugerem que a suplementação de carnitina não melhora o consumo máximo de oxigênio ou o estado metabólico durante o exercício em humanos saudáveis [4].
abraços, DUDU HALUCH
[1] http://www.scielo.br/scielo.php…
[2] New insights concerning the role of carnitine in the regulation of fuel metabolism in skeletal muscle
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2075186/
[3] Supplemental carnitine and exercise.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10919968
[4] Effects of four weeks L-carnitine L-tartrate ingestion on substrate utilization during prolonged exercise.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16521850
Effect of L-carnitine on submaximal exercise metabolism after depletion of muscle glycogen.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8321112
The role of carnitine and carnitine supplementation during exercise in man and in individuals with special needs.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9627906
Carnitine and physical exercise.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8857706