HALUCH RESPONDE 8

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TREINO PARA NATURAIS HORMONIZADOS; CARBOIDRATOS FIBROSOS NA DIETA; HORMÔNIOS PARA REDUZIR VIRILIZAÇÃO; PROTEÍNA ANIMAL E VEGETAL E FUNÇÃO RENAL; NUTRIENT TIMING, PRÉ-TREINO E DIVISÃO DOS MACROS NA DIETA; CALVÍCIE GENÉTICA; CARBOIDRATOS INTRA-TREINO; MANIPULADOS; DNP; TREINO DE MUSCULAÇÃO EM JEJUM; EFICÁCIA DO DHEA; IDADE E POTENCIAL PARA EVOLUIR; ALTERNANDO DIAS DE DIETA CUTT COM DIAS DE DIETA BULK É EFETIVO?

1) Aline Nicolini: Dudu, em relação à treino de força e hipertrofia para naturais e hormonizados; há alguma diferença na escolha da carga e número de repetições para cada um? Um hormonizado deveria preferir altas reps e pouca carga, e um natural o contrário?

“Um hormonizado pode ter um grande ganho de força e uma recuperação mais rápida durante o ciclo, e por isso pode aumentar intensidade do treinamento, mas após algumas semanas ou meses do ciclo (mesmo em cruise) sua força e rendimento tendem a diminuir devido ao quadro hormonal desfavorável pós-ciclo, e portanto também é importante periodizar seu treinamento, alterando volume e intensidade em conjunto com o planejamento de ciclo e dieta. Logo após o ciclo é interessante reduzir o volume de treino (de um ABCDE ou ABCD2x para uma ABC1x ou ABCD1x por exemplo, também reduzindo séries e repetições, e aumentando tempo de descanso entre treinos e séries), tentando manter a intensidade no período logo após o ciclo para manter os ganhos, mas com o tempo reduzindo a intensidade buscando melhorar a recuperação e evitar um quadro de overtraining. Importante lembrar que os esteroides podem aumentar risco de lesões pois tendões e ligamentos ñ acompanham a hipertrofia dos músculos e usuários de esteroides costumam aumentar as cargas, aumentando risco de lesão. Claro q esteroides podem ajudar na recuperação de lesão, mas depende muito dos ajustes no treino.
Um NATURAL tende a manter um rendimento mais equilibrado já que não sofre com essas variações hormonais agressivas causadas pelo uso exógeno de hormônios, e portanto sofre menos com perda de força e rendimento com o tempo, mas também ficará mais limitado nos ganhos de força, massa muscular e no tempo de recuperação pós-treino que ocorrem durante os ciclos. Isso não significa que tenha que treinar menos intenso, mas sim que deve treinar pesado respeitando os limites e sinais do seu corpo, e mantendo um dieta equilibrada com descanso não terá grandes problemas.”



2) Thiago Barros: Qual sua opinião sobre a utilização de carboidrato fibroso tanto na dieta rotineira, quanto ta estratégia de supercompensação? Você nao acha que muitos treinadores/nutris usam muito carbo fibroso nas dietas, inclusive numa teoria de reposição do gliecogenio? Acha eficaz uso desse carbo pra esse fim? sds

“Bom, não faz muito sentido se entupir de fibras quando se busca rápida reposição dos estoques de glicogênio. Já na dieta de rotina é preciso avaliar como o indivíduo responde à ingestão de carboidratos, sua resposta à insulina. Para o atleta mais sensível à insulina o consumo de grandes quantidade de carboidratos não é u problema, inclusive não será um problema para alguns ingerir uma certa quantidade de carboidratos simples (doces, frutose, sacarose). Para aqueles q acumulam gordura facilmente e tem dificuldade de secar o controle dos carboidratos é uma preocupação e carboidratos fibrosos se tornam mais importantes para um melhor controle dos níveis de insulina. Mas se o indivíduo está em uma dieta de baixa caloria ele não precisa se preocupar co indíce glicêmico e frutas e alimentos como batata inglesa são boas opções pela baixa quantidade de carboidratos e baixa carga glicêmica. É importante acima de tudo conhecer os alimentos e o indivíduo.”

3) Felipe Gibim: O que acha de protocolos para reverter e/ou diminuir a chance de virilização nas mulheres com hormônios bioidenticos como progesterona e E2? Ou como alguns coachs mais econômicos tem passado, com anticoncepcionais com análogos sintéticos desses hormônios como Diane, Selene, Yasmin etc.



“Acho mais eficiente controlar o uso de androgênios, as doses de esteroides para evitar os efeitos virilizantes, pq usar anticoncepcionais e antiandrógenos vai atrapalhar os resultados do ciclo, embora em mulheres mais sensíveis a colaterais, mais resistentes à insulina esse tipo de ideia possa ser útil. Mas eu sempre prefiro prevenção, ter cautela, antes de usar de outras drogas para combater colaterais”.

4) Gustavo Dario: A proteina animal em comparação com a vegetal é mais “agressiva” aos rins?? Se um atleta de ponta apresentar exames com alto valor de creatinina e ureia oq você indicaria ou mudaria?

“Segundo a literatura a dieta hiperproteica só seria um problema para indivíduos com a função renal comprometida, Nesse caso encontrei um artigo de revisão que mostra que ambas podem comprometer:
A literatura mostra que em ensaios clínicos de curta duração, proteína animal provoca efeitos dinâmicos sobre a função renal, enquanto que a clara de ovo, laticínios e soja não. Estas diferenças são vistos tanto em dietas com quantidades convencionais de proteína e aqueles com elevadas quantidades de proteína. Os efeitos a longo prazo de proteínas animais sobre a função renal normal, não são conhecidos. Embora os dados sobre pessoas com doença renal crônica são limitados, parece que a alta ingestão de proteínas animais e vegetais acelera o processo de doença subjacente não só em estudos fisiológicos, mas também em estudos de intervenção de curto prazo. Os efeitos a longo prazo de alto consumo de proteínas na doença renal crónica não são bem conhecidos. Vários mecanismos têm sido propostos para explicar os diferentes efeitos das proteínas animais e vegetais sobre a função renal normal, incluindo as diferenças de hormônios circulantes pós-prandial, locais de metabolismo de proteínas e interação com micronutrientes que o acompanham (Are high-protein, vegetable-based diets safe for kidney function? A review of the literature.”
Se a creatinina e ureia estão elevadas é preciso investigar o motivo antes de tudo, não apenas olhar para a dieta, embora dietas hiperproteicas estejam associadas a valores elevados de ureia”



5) Ilana García: Dudu, sobre Nutrient Timing para o pré-treino, sendo o pré treino desjejum, é recomendado não consumir grandes quantidades de carboidrato, priorizando gorduras e proteinas? O que seria mais importante, bater os macros do dia, independente de como eles forem divididos entre as refeições, ou é interessante manter uma média de equeilibrio entre os macros em todas as refeições? Em outras palavras, há impacto negativo comer apenas carboidrato no pré treino e focar em proteina e gordura nas demais refeições?
Obrigada,!

“Não existe esse tipo de recomendação de não consumir grandes quantidades de carboidratos, depende quanto tempo depois vc vai treinar e como vc se sente. Na verdade vc pode até treinar em jejum se sentir bem, isso tb depende de sua ingestão de carboidratos na noite anterior, o tipo de treino, intensidade, volume. É mais eficiente pensando em hipertrofia ter proteínas em pelos menos 4-5 refeições espaçadas, a menos q esteja em jejum intermitente. Os carboidratos são mais flexíveis, mas é melhor ter seus carboidratos no pré e pos treino como prioridade (proteínas tb), e as gorduras vc pode dividir entre as refeições, principalmente com as proteínas, mas não tem nenhum problema em colocar gordura, proteínas e carboidratos em uma mesma refeição se vc tem uma boa distribuição de nutrientes.”

6) William RF: Além da conversão da testosterona em DHT, existe mais algum aspecto ligado a testosterona que seja catalisador de calvície genética? Pode falar um pouco sobre como evitar este problema?
Grato.



“Acredito que não e não acho q tem muita solução se for genético, apenas adiar usando finasterida”

7) Marcello Alfonsi: Acha a utilizacao de carboidratos intra treino como vitargo/cyclic dextrin, waxy maize vantajoso? Vi muita gente na Europa utilizando de protocolos com cyclic dextrin+peptopro (caseina hidrolisada) por exemplo, porem o custo desses suplementos eh extremamente alto! Nao estou falando q eh necessario obvio; so se ha vantagem de alguma forma! Cabe aqui falar sobre processos fisiologicos q acontecem nessa fase tbm caso queira!

“Acho uma grande bobagem, inclusive por interferir nas adaptações hormonais e metabólicas geradas pelo treinamento como nos níveis de GH, cortisol, insulina. Objetivo do treinamento é gerar microlesões, que devem ser reparadas após o treinamento através de um processo de supercompensacão. Vc induz um processo catabólico para potencializar o anabolismo após o treino. Pior é gastar dinheiro com esse tipo de carboidrato”



8) Kássio Silva: Dosagens de formulas manipuladas são medidas através da análise de exames bioquímicos ou as mesmas são padronizadas para todos?

“Depende do profissional, tem muita picaretagem, então boa parte das manipulações são padronizadas. Enfim, se alguém te enche de manipulados caros, sendo vc uma pessoa saudável, desconfie, principalmente quando o profissional indica uma única farmácia de manipulação para fazer os manipulados. A maioria dos manipulados q vejo por aí tem efeito placebo, são inúteis, ou as dosagens utilizadas não são eficazes, mas se vc tomar 10 coisas inúteis misturadas com um pouco de esteroide vai acabar achando q a fórmula é boa”

9) Rodrigues Da Silva: Muito se fala do DNP e seus efeitos benéficos e seus possíveis colaterais, qual sua posição a respeito do uso do dinitrifenol para baixar o BF.



“Acho loucura usar e desnecessário. Não conheço nenhum bom atleta q use aqui no Brasil e vai saber se o produto q chega aqui vem na concentração adequada. Além disso, a menos q vc seja um bb de elite maluco, ñ tem pq correr risco de vida usando algo q terá um efeito temporário e colaterais perigosos”

10) Gabriel Nascimento: Qual é a sua opinião sobre o treino de musculação em jejum visando uma maior metabolização de gordura?

“Bobagem, o diferencial será sempre a estratégia de dieta e treinamento e nutrição no longo prazo. Só o treino em jejum me parece irrelevante e pode ser contraprodutivo”



11) Luã Nc: Dudu, gostaria de saber sua opinião sobre suplementação com Dhea.dhea é hepatotóxico? Pode ser usado de forma contínua? Se um indivíduo com menos de 30 anos fizer utilização terá algum benefício ? Teria sua testosterona livre aumentada? Abraços

“Para aumento da testosterona só vejo utilidade em mulheres com testo baixa. Até onde sei não é hepatotóxico.”

12) Wagner Russo Jr: Dudu, até que ponto o fator idade pode influenciar em ganhos e evoluções? Uma pessoa que comece a treinar depois da faixa dos 35 anos terá os mesmos ganhos e evoluções que uma pessoa que comece a treinar na faixa dos 18 anos? Após os 39 anos ganhos expressivos seriam possíveis somente com ciclos?



“Para um indivíduo mais velho é mais difícil ter bons ganhos, principalmente depois dos 45-50 anos, mas o fator genético e a dedicação fazem muita diferença. Se vemos bons fisiculturistas na faixa de 40-50 anos não é só pelo uso de hormônios, mas pq ainda respondem bem aos estímulos do treinamento e a uma boa dieta. O auge de um fisiculturista pelo que vejo é entre os 25-40 anos, mas o conhecimento e experiência podem ser um diferencial para os mais velhos”

13) Anderson da Costa: Dudu, por que não se vê mini ciclos de dieta, do tipo um dia de cutt alternado por um dia de bulk? Em vez disso, costumamos alternar meses de cutt alternados por meses de bulk. Abraço!

“Pq não é muito eficiente vc ficar alternando as calorias de forma agressiva, dificilmente vai ter um bom progresso que esteja de acordo com seu objetivo, sua prioridade. Ou vc sinaliza p seu organismo que quer ganhar massa muscular ou sinaliza que sua prioridade é perder gordura e vias anabólicas e catabólicas são antagônicas de tal forma, que ao estimular as duas alternadamente vc não consegue sair do lugar. Isso pq muitas vias metabólicas, atividade enzimática, precisam de certo tempo para ter uma resposta otimizada e se vc altera os níveis de insulina agressivamente em um intervalo de tempo curto impede uma otimização tanto do anabolismo como do catabolismo (visando perda de gordura)”



abraços, Dudu Haluch




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