HORMÔNIOS e FISICULTURISMO para MULHERES (DUDU)

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

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Está claro para a grande maioria das pessoas que gostam e acompanham o Bodybuilding a importância dos hormônios no esporte. Uma análise das categorias femininas do Fisiculturismo deixa isso ainda mais claro. A ideia desse artigo é mostrar como o shape de uma atleta é moldado pelo uso de hormônios e também a importância do treinamento e da genética no desenvolvimento do shape da atleta.

 

Treinamento e esteroides devem sempre ser planejados em conjunto, principalmente para as mulheres, porque o fator genético conta muito na forma do corpo de uma pessoa, e as mulheres são muito mais sensíveis aos esteroides androgênicos, então ao usar esteroides a mulher ou a pessoa pode desenvolver algumas partes do corpo de forma totalmente assimétrica e indesejada sem um planejamento inteligente de treinamento + hormônios. A concentração dos receptores androgênicos varia de um grupo muscular para outro; em humanos, os músculos da parte superior do braço, peito e costas são mais responsivos aos esteroides androgênicos do que outros músculos. Por isso você vê muitas diferenças nos treinos das diversas atletas femininas, e também muita diferença no corpo das meninas das diferentes modalidades [1].

 

CATEGORIA BIQUINI: Algumas atletas biquini quase não treinam musculação e também usam doses baixas de esteroides porque não devem apresentar volume muscular (muito menos aspecto masculinizante), mas devem ter baixo percentual de gordura. Genética também desempenha um papel muito importante aqui, então meninas com biotipo ectomorfo terão mais facilidade de se enquadrar no perfil da categoria. A princípio as drogas favoritas são oxandrolona, primobolan, boldenona, stanozolol em doses baixas (algo como 10-30mg dia de orais, e/ou 100-200mg semana de injetáveis, mas isso vai depender da evolução da atleta, sendo que combinar drogas aumenta o potencial anabólico e o risco de virilização/masculinização). Algumas mesmo podem ter que se manter OFF esteroides para não desenvolver a musculatura e também limitar o treinamento de alguns membros durante o uso dos esteroides. Muitas atletas profissionais e mais experientes não costumam treinar peito ou braços (ou treinam com baixa frequência e pouca carga), principalmente nas categorias que priorizam um físico mais feminino (toned, biquini) [2]. Para se manter bem condicionada e com menor risco de desenvolver a musculatura, muitas atletas top amadoras e profissionais ficam OFF esteroides e usam o GH por longos períodos no OFF Season (em doses de ~2-4Ui por dia). O treinamento aqui pode ser muito variado, dependendo do shape e da genética da atleta, mas muitas não fazem tanta musculação e priorizam o cardio muitas vezes. Beleza, presença de palco e simpatia são muito importantes nessa categoria [3].



 

CATEGORIAS BODY-FITNESS, FIGURE: Pouco volume muscular e definição sem marcações profundas obedecendo um shape longilíneo “V”. A beleza deverá ser priorizada e em todos os momentos, a atleta Bodyfitness deve ser visualizada com o ênfase em um físico “Saudável, normal, atlético“. Músculos firmes e baixo % de gordura. Atletas que se apresentem com aspecto de magreza exagerada perderão pontos [3]. Atletas dessa categoria podem usar as mesmas drogas da categoria Biquini, em doses talvez um pouco maiores dependendo do desenvolvimento da atleta. Algumas também gostam de usar testosterona [4], trembolona, deca, masteron em doses moderadas (~100-200mg semana). O treinamento desempenha um papel muito importante aqui para moldar o shape da atleta em forma de V, priorizando desenvolvimento das dorsais e deltoides, treinando esses grupos 1-2x na semana, dependendo da facilidade da atleta para desenvolvê-los. Braços não podem ser muito desenvolvidos, mas ter boa definição, sem estriações. Abdominais e coxas com leve definição sem cortes fundos (BF em torno de 6-8%). Atletas com biotipo mesomorfo terão mais facilidade para se enquadrar na categoria.

 

CATEGORIA WELLNESS: Os grupos musculares devem ter uma forma natural e firme com baixo percentual de gordura corporal (~8-12%). O volume muscular deve ser leve-moderado. A beleza deverá ser priorizada e em todos os momentos. As atletas deverão apresentar físico saudável com impressão clara que pratica musculação, presença de palco e simpatia. Atletas com aspecto de magreza perderão pontos [3]. Wellness geralmente é o estilo favorito da maioria das mulheres que treinam musculação, pois é uma categoria que prioriza a forma feminina (Shape em forma de pêra: cintura fina, pernas e glúteos bem desenvolvidos). O uso de drogas aqui fica no mesmo nível das atletas biquini/toned (oxandrolona, stanozolol, primobolan, boldenona, GH opcional em geral). Genética desempenha um papel muito importante aqui, então meninas que já sejam abençoadas com cintura fina e membros inferiores desenvolvidos (biotipo ectomorfo-mesomorfo) terão mais facilidade de se enquadrar na categoria. O treinamento também desempenha um papel muito importante, principalmente para aquelas mulheres que tem dificuldade de desenvolver membros inferiores. Mas essa barreira genética pode ser quebrada até certo ponto com o uso dos esteroides androgênicos e com treinamento direcionado para os pontos fracos. Por isso a maioria das atletas Wellness treina membros inferiores de 2 a 3x na semana, e o treino dos membros superiores é de acordo com a resposta genética de cada atleta. Muitas atletas podem querer ficar OFF hormônios, mas tudo isso depende do nível que atleta compete e de sua genética.

 

CATEGORIA WOMEN's PHYSIQUE e BODYBUILDING: São categorias que priorizam a definição e volume muscular, mas a Women's Physique é destinada a mulheres que preferem desenvolver um corpo menos musculoso, ainda atlético e esteticamente agradável, ao contrário de hoje das culturistas atuais [5]. Nessas categorias o uso de hormônios é mais frequente, variado e em doses maiores (o que muda basicamente entre as duas categorias é a dose), sem muita preocupação com virilização, mas as atletas também devem cuidar para não abusar de muitas esteroides e ficar com um aspecto muito masculinizante, o que fica difícil de conciliar muitas vezes pelo físico que se quer obter e pela resposta genética individual da atleta. O uso de testosterona, trembolona (deca, dianabol e hemogenin no OFF Season) é muito comum entre atletas dessas categorias, e o GH também adquire uma importância maior, sendo uma necessidade no nível profissional e top amador, já que as mulheres precisam ter um percentual de gordura tão baixo como nas categorias masculinas (~4-6%). Essas atletas também devem se manter mais condicionadas para evitar muito sofrimento com as dietas, e isso torna o uso de hormônios quase que constante.



 

E para concluir meninas que pretendem competir e fazer uso frequente de esteroides androgênicos. Esteroides androgênicos vão queimar sua gordura, dar a forma que quiser e souber modelar com o treinamento, mas por outro lado vão destruir seus seios (androgênios queimam gordura em todas as partes do corpo com acúmulo de muita gordura, enquanto os estrogênios aumentam as reservas de gordura nos seios, bunda e coxas), então silicone é quase que indispensável para deixar você com uma bela forma e boa aparência no palco. “Primeiro o silicone, depois o GH”.

 

No bodybuilding feminino muito mais que no masculino a consciência de um planejamento de evolução deve sempre considerar o conjunto treinamento + hormônios + genética. Quando você observar o treino de uma atleta experiente vai perceber isso, e agora você pode entender melhor porque o treino é daquela forma, os hormônios sempre estarão lá.

 

abraços, DUDU HALUCH

 

Referências:

 

[1] http://www.duduhaluc…ra-as-mulheres/

 

[2] http://www.duduhaluc…-para-mulheres/

 

[3] http://www.ifbbrio.c…?cd_pagina=4950

 

[4] http://www.duduhaluc…-para-mulheres/

 

[5] http://ifbbparana.co…s-physique.html

 

[6] http://www.duduhaluc…-para-mulheres/




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