– ganhos com esteroides são dose-dependente, e dependem de resposta genética, o mesmo para os colaterais;
– não importa somente a dose de esteroides que se usa, mas também o impacto das variações hormonais, de forma que altas doses de hormônios nem sempre significam ganhos maiores ou libido mais alta (testosterona em homens);
– testosterona alta por si só nem sempre se correlaciona com libido alta, sempre que faz variações negativas na dose (redução), a tendência é sentir queda na libido;
– no fisiculturismo feminino, as doses dependem da categoria pretendida, e considerando os colaterais virilizantes, a faixa de efetividade com menor risco fica da ordem (dependendo de resposta individual e esteroide usado):
bikini ~5-20mg/dia
wellness ~10-25mg/dia
bodyfitness~ 15-30mg/dia
womens physique~ 30-50mg/dia
Categorias que pedem um físico mais condicionado e musculoso acabam por aceitar um risco maior de colaterais virilizantes;
– muito se fala do uso de peptídeos hoje em dia (GHRPs), mas os resultados estéticos são limitados, nada impressionante, embora funcionem;
– GH e insulina geralmente tem um péssimo custo-benefício quando usados de forma isolada;
– a insulina na verdade não parece oferecer benefícios estéticos quando usada em doses na faixa de 20-30UI/dia, pois é semelhante ao que o corpo produz pela ingestão de alimentos, e doses maiores oferecem risco maior de acúmulo de gordura (abdominal, visceral). Aos que defendem resultados com insulina, eu não vejo na prática um resultado diferenciado em relação a atletas que não usam, exceto atletas pesados (>90-100kg, baixinhos) que usam altas doses de insulina com GH e outros hormônios. O que também não considero vantajoso frente ao possível estrago que faz no físico;
– GH tem um forte apelo entre atletas, pois quando usado em condições de bom condicionamento (baixo percentual de gordura), parece oferecer uma otimização e melhora estética, já que atua por mecanismo diferenciados dos esteroides. Particularmente em atletas mulheres funciona muito bem mesmo em doses de 2UI/dia. Em pessoas comuns o resultado parece medíocre frente ao custo;
– existem drogas termogênicas muito poderosas, tais como t3, t4, clembuterol, DNP, mas a suspensão do uso tende a levar além da perda dos resultados, um efeito rebote e redução do metabolismo que pode durar semanas ou meses. Perigoso também é o aumento do apetite após interrupção do uso;
– entender isso é importante por dois motivos que considero importante:
1) resultados sólidos não podem ser alcançados com essas drogas;
2) usar elas na fase final de uma preparação seria o mais sábio, pois é justamente onde o metabolismo fica mais lento.
Em ambos os casos é importante ter ciência que resultados são temporários;
– resultados com esteroides também não são sólidos, mas ainda assim o uso contínuo, considerando os riscos, pode manter um físico acima da média e uma resposta contínua à estímulos de treino e dieta quando se alternam estratégias visando a quebra da homeostase. Termogênicos não agem da mesma forma porque geram adaptações metabólicas mais agressivas;
– esteroides 17 alfa-alquilados geralmente são os mais prejudiciais para saúde para quem faz uso contínuo de esteroides, pois causam maior impacto negativo nas enzimas hepáticas e no perfil lipídico, e essas alterações são difíceis de atenuar mesmo após a suspensão do uso dos mesmos, quando se mantém o uso de outros esteroides;
– evite o uso contínuo e abuso de estimulantes (pré-treinos, potenay), no longo prazo fica cada vez mais difícil ter a mesma disposição para treinar e se motivar quando se usa essas drogas;
– cuidado com o modismo quando se fala em novos fármacos revolucionários. O melhor hoje ainda é o melhor que funcionava à 30 anos atrás em termos de resultados estéticos. Óbvio que o que mais mudou foi o abuso que se faz hoje em relação ao passado, mas se você não tem o físico de um atleta dos anos 80 eu não sei o que você está tentando, mas não está dando certo com o novo.
abraços, Dudu Haluch