Já gostei muito de história, filosofia, teologia, a ponto de querer ser um pensador de alguma dessas áreas (sonhos de um jovem nerd, mas não de um adolescente perdido sem nenhuma vontade de estudar), até mesmo a economia e a psiquiatria foram por um tempo o foco dos meus estudos nos meus 20 anos. Então me vi encantado pela física, que me prendeu por muitos anos, estudar física quântica e a teoria da relatividade de Einstein era fascinante, era a realização de um sonho, tempos em que achava a nutrição algo muito superficial, ainda mais comparado ao universo maravilhoso da física de partículas, pois sempre me fascinava o conhecimento profundo da natureza, da mente humana e do universo. De fato foram todas essas coisas que me afastaram da religião e tiraram de mim qualquer encanto por ideologia política, um misto de descrença no homem comum com uma fé nos grandes homens que mudaram a humanidade, sempre encantado a filosofia de vida e o pensamento de homens tão diversos como Voltaire (mito), Espinosa, Einstein, Sócrates, Darwin, Nietzsche, Russell, Arnold, até mesmo Jesus (não sou cristão, sou agnóstico).
Hoje estou aqui num universo aparentemente distante daquele que estudava a 10 anos atrás, mas ao mesmo tempo com um encanto e uma paixão muito maiores por aquilo que amo fazer, ensinar e aprender todos os dias. Quem diria que o fisiculturismo e a nutrição fariam parte tão profunda da minha vida (através da bioquímica, da fisiologia, dos hormônios etc), duas coisas que no passado eu teria olhado com preconceito diante da profundeza daquilo que julgava ser o mais nobre conhecimento, porque de fato a maioria das pessoas faz parecer tão superficial. O que percebo hoje é que a minha essência, a minha natureza, me faz olhar as coisas de forma mais profunda e fascinante, e é por isso que eu acredito tanto no que faço, mesmo sem compreender a razão porque faço, é apenas o meu jeito de encarar a vida, é isso que faz ser quem sou e eu sei que isso nunca vai mudar.