A maioria das pessoas que treinam e conhecem um pouco de musculação entende que os principais hormônios anabólicos são a testosterona, o GH, a insulina e o IGF-1, que promovem crescimento muscular através da síntese de proteínas. O treinamento de força e uma boa alimentação estimulam a aumento natural desses hormônios.
No entanto os mecanismos de ação desses hormônios para gerar hipertrofia através da síntese proteica é diferenciado não só pela ação em diferentes receptores, mas também por promoverem a síntese de proteínas por processos diferentes.
A testosterona e consequentemente os esteroides androgênicos estimulam a síntese de proteínas principalmente através do processo de “transcrição” (que ocorre no núcleo da célula), estimulando os genes dos músculos para produzir proteínas.
Já o GH e a insulina promovem a síntese proteica principalmente através do processo de “tradução” (que ocorre no citoplasma), sem a necessidade de estimulação gênica, modulando a síntese de proteínas por fatores já presentes na musculatura.
Assim os esteroides androgênicos são os principais hormônios para o crescimento da massa muscular, enquanto o GH, IGF-1 e a insulina ajudam a determinar o tamanho absoluto alcançado pela massa muscular.
Então você entende porque os peptídeos (GH, insulina, IGF-1) são pouco eficientes sem uso de esteroides androgênicos, e porque apenas com peptídeos + esteroides androgênicos você consegue criar um ambiente hormonal favorável com diferentes mecanismos de ação para aumentar a eficiência da síntese proteica e criar fisiculturistas com 130kg e 4% de BF (percentual de gordura) desde os anos 90, onde peptídeos passaram a ser abusados como esteroides. Nos anos 70-80 fisiculturistas estavam beirando os 90-100kg (exceto pelo mais altos como Arnold, Lou Ferrigno) com ~5% de BF porque apenas abusavam de esteroides. O GH e a insulina entraram em cena nos anos 80 e nos anos 90 o abuso de peptídeos + esteroides iniciou a era freak. Os fisiculturistas são verdadeiros laboratórios que se fossem estudados com mais atenção pela ciência deixariam mais claro e elucidariam muitas questões em relação a fisiologia.
Bodybuilding também é ciência
abraços, DUDU HALUCH