As pessoas propagam tanta besteira sobre nutrição e treinamento, que muitos acabam seguindo essas ideias extremistas. Demonizam a soja, a frutose, o leite, o cortisol. Ignoram que os malefícios associados estão geralmente relacionados a condições patológicas, abuso ou a pessoas que possuem maus hábitos (sedentarismo e má alimentação), e ignoram os benefícios associados. É a mesma merda que falam sobre a gema do ovo ou sobre uma alimentação rica em proteínas aumentar risco de câncer ou fuder seus rins. Existe uma série de condições para que qualquer alimento ou hormônios específico realmente cause um problema, ñ um fator isolado.
A preocupação do catabolismo proteico durante o exercício e a tentativa de inibir ação do cortisol durante o treinamento de força são duas ações que considero improdutivas, não só pela redução da lipólise, mas também porque o cortisol é um hormônio necessário nas adaptações ao exercício de força, provavelmente atuando nos processos de reparação tecidual (inibindo a resposta inflamatória à lesão tecidual). Em condições normais, o cortisol não justifica a fama de hormônio cuja concentração, uma vez aumentada, provocaria um aumento do catabolismo da massa muscular. Finalmente, estudos demonstram que em condições de estresse prolongado (um determinado exercício) há diminuição da secreção de cortisol (após 30-45 minutos de exercício), tornando infundado o medo de catabolismo muscular durante o treino. Segundo Chris Aceto: ”Níveis elevados de cortisol permitem o efeito máximo, tanto do GH como da adrenalina (ação permissiva). GH e adrenalina estimulam o corpo a quebrar a gordura corporal (lipólise). Se os níveis de cortisol estiverem elevados, você quebra mais gordura do que se eles não estiverem elevados. Cortisol também estimula a quebra das células de gordura independente dos níveis de GH e adrenalina. As chances de um corpo treinado inibir taxas elevadas de cortisol são muito maiores do que daquele corpo estressado, acima do peso, e que não se exercita. Minha opinião sobre o cortisol é de que, na realidade, ele é benéfico para entrar em forma”.
Basta um pouco de pesquisa para saber que grande parte das frutas tem uma quantidade muito pequena de frutose (morango, abacaxi, melão, melancia, etc), além de muitas delas serem pouco calóricas e de baixa carga glicêmica. E a pouca frutose nesse caso é uma vantagem em uma dieta low carb, já que a frutose não estimula a liberação de insulina.
Para a frutose ser prejudicial é preciso que seja ingerida uma grande quantidade, e isso não significa comer muitas frutas e sim abusar de alimentos industrializados, ricos em açúcar de mesa (sacarose= 50% frutose e 50% glicose), ou mel e xarope de milho. Quando empregada em grande quantidade, o dobro do normal, ou 20% das calorias ingeridas, podem ocorrer efeitos colaterais como o aumento nos níveis de colesterol. O consumo de grandes quantidades deve ser evitado em pessoas com dislipidemia. Enfim, não é comendo frutas em uma dieta balanceada que isso vai acontecer.
“O homem é o único mamífero que mesmo depois de desmamado ainda toma leite”. Maior merda que já ouvi sobre leite, qualquer gato normal adora um leite de vaca, e também não bebemos apenas leite de outros animais, nós também tomamos coca cola, comemos pizza, assistimos televisão, lemos livros, e acima de tudo nós pensamos, fazemos uma série de coisas diferentes de outros animais. Não faz sentido comparações estúpidas como essa.
“A soja aumenta o estrogênios, blablablabla”. Até parece que comer soja em uma ou duas refeições no dia vai fazer esse tipo de coisa, e os estudos atuais não comprovam nada dessa merda que falam sobre a soja. “Fitoestrógenos são compostos derivados de plantas com estrutura química e atividade hormonal semelhante ao estradiol. Os principais fitoestrógenos são: isoflavona (genisteína, daidzeína), lignanos e coumestanos. Estas substâncias, principalmente as isoflavonas, podem afetar o sistema reprodutivo, glândulas mamárias, hipotálamo e hipófise. A abundância de fitoestrógenos com ação estrogênica é balanceada pela sua baixa afinidade para os receptores de estrógeno.
Na alimentação da criança tornam-se importantes por estarem presentes nas fórmulas à base de leite de soja. Strom et al. estudando adultos expostos a leite de soja quando crianças não encontraram efeitos adversos sobre a saúde reprodutiva. A Academia Americana de Pediatria 10 não recomenda restrição ao uso dessas fórmulas, afirmando que fitoestrógenos derivados da soja têm baixa afinidade por receptores de estrógeno e baixa potência estrogênica em bioensaios.”
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2007000500003&script=sci_arttext
Estude sempre, principalmente antes de propagar ideias extremistas, para não expor sua ignorância!
abraços, dudu haluch