PGF2a – PERFIL (DUDU)

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Muitos aqui no Brasil estão usando a prostaglandina PGF2-alfa (PG2a) como uma droga termogênica, quando na verdade o uso no fisiculturismo em geral é para um efeito anabólico local no músculo, por aumento da síntese proteica, e não por alongamento da fascia como fazem os SEOs (aplicação local de esteroides oleosos, ADE, synthol).

De qualquer forma vamos esclarecer que o principal uso de PG2a é como uma droga anabolizante, não sendo tão eficiente para aumento da queima de gordura (lipólise).

Similar aos hormônios

“Prostaglandinas são sinais químicos celulares lipídicos similares a hormônios, porém que não entram na corrente sanguínea, atuando apenas na própria célula e nas células vizinhas (resposta parácrina). São produzidos por quase todas as células, geralmente em locais de dano tecidual ou infecção, pois estão envolvidos em lidar com lesões e doenças.



Elas controlam os processos, tais como a inflamação, o fluxo de sangue, a formação de coágulos de sangue e a indução do trabalho de parto. Eles podem ser usados ​​para tratar úlceras do estômago, glaucoma e doença cardíaca congênita em recém-nascidos e para induzir ao parto” [1].

Aumento da temperatura

PGF2a também pode induzir aumento da temperatura corporal. Seu efeito nos rins causa vasodilatação, o que resulta num aumento do fluxo sanguíneo renal e o aumento da excreção de água e de eletrólitos na urina. Talvez o efeito de perda de gordura atribuído a PG2a seja muito mais pelo aumento da diurese do que a um efeito de queima de gordura, apesar de PG2a ter um efeito anti-adipogênico [2,3], enquanto a prostaglandina PGE2 apresenta um potente efeito anti-lipolítico (inibição da queima de gordura) [4].

“PGF2a foi testada numa grande variedade de animais, de macacos a cavalos. Na maioria dos casos, os efeitos colaterais são o aumento da temperatura corporal, vômitos e diarreia, constrição brônquica, confusão, perda de coordenação, taquicardia, e baixa pressão arterial para nomear apenas alguns. PGF2a não é tóxica, com uma meia-vida no soro de apenas alguns minutos.



PGF2a é atualmente utilizado na criação de animais para gerenciar reprodução. É usado geralmente como dinoprost sob a forma de um sal de trometamina. Upjohn faz uma chamada versão Lutalyse® como uma solução estéril para injeção subcutânea e intramuscular. Objetivo é sincronizar a ovulação em bovinos por injeção sequencial de vários hormônios, juntamente com PGF2a” [2].

Interferência nos efeitos

Anti-inflamatórios como aspirina, ibuprofeno, interferem negativamente nos efeitos das prostaglandinas, então, embora reduzam os colaterais também interferem negativamente nos efeitos anabólicos de PGF2a. Enquanto esteroides e peptídeos como IGF-1, MGF, podem atuar em sinergia com PGF2a para crescimento local do músculo, por possuírem mecanismos de ação diferenciados.

Ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 também influenciam significativamente na produção de prostaglandinas. Após a suplementação com ômega 3, PGE2 e PGF2 alfa foram significativamente reduzidas. Depois de completar com ômega 6, houve um aumento significativo em ambas as prostaglandinas [5]. Mais uma vez você tem prós e contras com a tentativa de manipular a produção de PGF2a com sua dieta.



Ao aumentar o ômega-3, você tem níveis mais baixos de PGF2a e, provavelmente, um estímulo menos intenso de síntese de proteína imediatamente após o treino. Por outro lado, pelo aumento de ômega-3 a reduzir a inflamação, a dor, aumentar o conteúdo de GLUT4 (maior sensibilidade à insulina), e toda uma série de outros fatores relacionados ao risco cardíaco [2].

Posologia

Por possuir uma meia-vida muito curta, PGF2a precisa ser aplicada frequentemente (2 a 6x por dia), e por ter um efeito anabólico local, a aplicação deve ser direcionada com mais frequência nos grupos musculares mais deficientes. De preferência logo após as principais refeições, com boas quantidades de proteínas e carboidratos [6].

abraços, Dudu Haluch

[1] Prostaglandina – Wikipédia

[2] Prostaglandin PGF2a – thinksteroids

[3] Prostaglandin (PG) F2 Alpha Synthesis in Human Subcutaneous and Omental Adipose Tissue: Modulation by Inflammatory Cytokines and Role of the Human Aldose Reductase AKR1B1



[4] Coordinate control of lipolysis by prostaglandin E2 and prostacyclin in rat adipose tissue.
Chatzipanteli K, Rudolph S, Axelrod L.

Prostaglandin- Wikipedia

[5] Reduced production of PGE2 and PGF2 alpha from decidual cell cultures supplemented with N-3 polyunsaturated fatty acids.
Arntzen KJ, Brekke OL, Vatten L, Austgulen R.

Protein synthesis and degradation in isolated muscle. Effect of omega 3 and omega 6 fatty acids.
R M Palmer and K W Wahle



[6] Deeper Into Prostaglandin Use
September 10, 2001 By Michalovich Dharkam

Dharkam’s Way – The ‘How-To” of PGF2
September 10, 2001 By Michalovich Dharkam




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