Restrição de alimentos e terrorismo nutricional

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As pessoas que restringem alimentos mesmo sem possuir nenhum grau de intolerância geralmente o fazem por seguir algum guru/médico que faz sensacionalismo com a nutrição, se baseando em argumentos científicos tendenciosos (a pesquisa séria em nutrição geralmente não defende posturas extremistas). É evidente que podem ocorrer melhoras em relação à saúde e perda de peso, principalmente porque essas pessoas acabam restringindo calorias e mudando o estilo de vida radicalmente. O problema é que para a grande maioria das pessoas seguir esse tipo regime alimentar, além de desnecessário, é insustentável no longo prazo, e muitos ficam susceptíveis a desenvolver transtornos alimentares e prejudicar suas relações sociais e familiares. Começa gradativamente restringindo um alimento, depois vem outro, e outro, e quando se dá conta a pessoa está lá evitando se reunir com familiares ou verificando o conteúdo de cada alimento. Em algum momento muitos desses indivíduos surtam e voltam a comer os alimentos que haviam restrito da dieta, em grande quantidade, então vem o efeito rebote (agravado muitas vezes pela intolerância adquirida pela restrição ou pelo efeito nocebo), a frustração e a desistência de seguir uma alimentação saudável e equilibrada. Os marketeiros da nutrição preocupados em demonizar alimentos sempre vão omitir os casos das pessoas que vivem muito tempo saudáveis, atléticas e felizes comendo uma grande variedade de alimentos (como no caso da dieta mediterrânea), preferem usar o extremo oposto (obesidade, sedentarismo) para defender e justificar o seu próprio extremo. A fé que esses seguidores depositam nos seus gurus não é muito diferente da fé religiosa, e você pode observar o mesmo fanatismo nos argumentos.

Dudu Haluch




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