Estanozolol é um esteroide androgênico que foi lançado comercialmente em 1962 com o nome de Winstrol, nome que popularizou a droga entre fisiculturistas e ratos de academia. Entre os diversos usos terapêuticos estava o tratamento da perda de massa muscular em algumas doenças e a osteoporose.
Estanozolol também se tornou popular entre atletas de diversas modalidades e protagonizou o famoso escândalo de doping no atletismo, quando Ben Johnson perdeu a medalha de ouro dos 100 m rasos na olimpíada de Seul (1988), após cair no exame antidoping por uso de estanozolol.
Estanozolol e aromatização
Essa droga não aromatiza, nem se converte em DHT, por isso não causa ginecomastia e o ganho de volume muscular ocorre com pouca ou nenhuma retenção de água. Fisiculturistas gostam de utilizar esse esteroide em pré-contest, pois além de ganhos de qualidade ajuda na queima de gordura. Por ser uma droga 17aa, é hepatotóxica e é o esteroide que mais prejudica o perfil lipídico, reduzindo muito HDL e aumentando LDL.
Não é recomendado o uso por mais de 6-8 semanas e as doses usuais variam de 30-60 mg por dia para a versão oral e 50-100 mg por dia ou dsdn para a versão injetável. A versão injetável costuma provocar problemas de inflamação e infecção em alguns usuários, pois é comercializada principalmente em solução aquosa, mais sujeita à contaminação. Muitos usuários também reclamam de dores nas articulações com uso de estanozolol.
Estanozolol e colaterais
Mesmo não se convertendo em DHT, esse esteroide tem potencial para promover fortes efeitos colaterais androgênicos, como acne, queda de cabelo e virilização em mulheres. É comum mulheres sofrerem com os colaterais dessa droga e o risco aumenta potencialmente em doses maiores que 10-20 mg por dia.
á vi muitas mulheres tomarem 50 mg dsdn da versão injetável e ganharem muito peso, acompanhado de efeitos colaterais agressivos como engrossamento da voz, muita queda de cabelo, acne e hipertrofia do clitóris. Um dos ciclos mais poderosos entre os fisiculturistas é a combinação de estanozolol com trembolona e testosterona em pré-contest.
Dudu Haluch