Diuréticos

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Compartilhe:

1) Introdução a como funcionam os diuréticos

Diuréticos são medicamentos que auxiliam na liberação do excesso de sódio (sal) e de água. Os diuréticos funcionam fazendo os rins expelirem mais sódio pela urina. Em troca, o sódio carrega a água do sangue. Isso reduz a quantidade de líquido nos vasos sangüíneos, o que reduz a pressão nas paredes das artérias.

Os diuréticos são utilizados para tratar a pressão alta e o acúmulo de líquido no corpo que ocorre em algumas doenças, como insuficiência cardíaca congestiva, doença hepática e doença renal. Eles devem ser prescritos em conjunto com dietas de baixo teor de sódio e com mudanças no estilo de vida.

Os diuréticos são utilizados para tratar várias doenças. Veja a seguir as mais comuns:

Pressão alta – muitos pacientes com pressão alta (hipertensão) são tratados com diuréticos. O tratamento é particularmente eficaz quando combinado com dietas de baixo teor de sódio. Os diuréticos agem para diminuir a pressão arterial, primeiramente reduzindo o volume do sangue; entretanto, alguns diuréticos podem diminuir a pressão arterial de outras maneiras e em doses menores do que as necessárias para causar um aumento da produção de urina.



Insuficiência cardíaca – reduzindo o excesso de líquido do corpo, os diuréticos podem aliviar os edemas (inchaços por excesso de líquidos) que comumente ocorrem na insuficiência cardíaca (em inglês). Muitos pacientes com insuficiência cardíaca são tratados com diuréticos e com uma dieta com baixo teor de sódio. É importante para os pacientes com insuficiência cardíaca que tomam diuréticos terem os níveis de sal (eletrólito) cuidadosamente monitorados. Pacientes com insuficiência cardíaca que utilizam diuréticos terão que utilizar medicamentos para o resto de suas vidas.

Insuficiência renal – os diuréticos são utilizados para tratar pacientes cujos rins não funcionam normalmente, embora, às vezes, eles também possam piorar o funcionamento dos rins.

Doença hepática – os diuréticos podem ajudar no tratamento das doenças hepáticas quando há acúmulo líquido no abdômen.



Hipercalcemia – os diuréticos podem tratar os níveis excessivos de cálcio no sangue.

Diabetes insipidus – essa doença é caracterizada por sede excessiva e eliminação de grandes quantidades de urina. Alguns tipos de diuréticos diminuem o volume da urina nesses pacientes.

Glaucoma – alguns diuréticos podem ser utilizados para tratar essa doença ocular, em que a pressão aumentada no interior do olho causa danos e perda gradual da visão.

Edema cerebral – alguns diuréticos podem tratar o inchaço potencialmente fatal do cérebro causado por hemorragia, trauma, doença ou cirurgia.



2) Tipos de Diuréticos

Existem três tipos principais de medicamentos diuréticos. Cada um funciona de uma maneira diferente, mas todos diminuem a quantidade de sal e água do corpo, o que auxilia na diminuição da pressão arterial.
A escolha do diurético depende da saúde do paciente e da doença que está sendo tratada. Diferentes tipos de diuréticos também podem ser combinados em uma única pílula. O fluxo urinário geralmente aumenta no prazo de algumas horas após a primeira dose, mas os diuréticos podem levar várias semanas para controlar doenças como a pressão alta. Veja a seguir os três principais tipos de diuréticos.

a) Diuréticos de alça – Furosemida (Lasix)

Eles têm esse nome devido à parte em forma de alça dos rins (alça de Henle, porção ascendente), que é onde agem. Os diuréticos de alça removem uma grande quantidade de sódio dos rins, produzem o aumento do fluxo urinário e são mais poderosos do que os tiazídicos.

O mais famoso diurético de alça é a furosemida (mais conhecida como Lasix). É o diurético mais potente. Para se ter uma idéia, em pessoas normais apenas 0,4% do sódio filtrado nos rins sai na urina, os 99,6% restantes retornam para o sangue. Com o início da furosemida, o sódio excretado pula para 20%.
Por isso, a furosemida está indicada em doenças que apresentam retenção de sódio e líquidos como insuficiência cardíaca, cirrose, síndrome nefrótica e insuficiência renal.



Diuréticos de alça também são especialmente úteis em emergências. Embora os mais comuns sejam por via oral, em hospitais eles podem ser administrados por via intravenosa para tratar pacientes com grande excesso de líquido.

Apesar do seu alto poder de excretar sódio, a furosemida não é um bom diurético para hipertensão. Ela só deve ser usada para esse fim em pessoas que tenham concomitantemente as doenças citadas acima.
A furosemida (lasix) deve ser tomado, de preferência, duas vezes por dia. Como seu efeito dura em média 6 horas, este deve ser o intervalo de tempo ideal entre as duas tomadas.

Se o paciente toma a primeira dose às 8h da manhã, a segunda deverá ser às 14h. Em alguns casos ela pode ser administrada em dose única.



Os efeitos efeitos colaterais mais comuns da furosemida: baixa de potássio, baixa de magnésio, desidratação, câimbras, hipotensão, aumento do ácido úrico. Edema de rebote pode ocorrer após suspensão súbita.

b) Diuréticos Tiazídicos

Hidroclorotiazida (Drenol, Diurix), Clortalidona (Higroton, Hygroton) e Indapamida (Natrilix, Indapen, Fludex, Vasodipin). Atuam no túbulo distal. Tratam a maioria de pacientes com pressão alta e são os mais utilizados para os pacientes cardíacos.

Os diuréticos tiazídicos promovem uma diurese menor que a furosemida, porém, por terem um efeito que dura até 24h, a perda de sódio e água acaba sendo constante.



São os diuréticos mais indicados na hipertensão, pois além de diminuir o sódio, eles também tem ação vasodilatadora. Em pacientes com insuficiência renal avançada, os tiazídicos não funcionam. Neste caso, o melhor diurético é a furosemida, mesmo para hipertensão.

Se não houver contra-indicações, os tiazídicos devem ser a primeira, ou no máximo, a segunda escolha no tratamento da hipertensão. Os efeitos colaterais mais comuns dos tiazídicos: todos da furosemida, além de aumento da glicose e do colesterol em algumas pessoas. Os tiazídicos causam sódio baixo no sangue mais frequentemente que a furosemida, principalmente em idosos.

c) Diuréticos poupadores de potássio

Espironolactona (Aldactone, Spiroctan, Diacqua), Amilorida e Triantereno. Atuam nos receptores da aldosterona nos túbulos distais. O mais usado é a espironolactona. Essa classe possui esse nome porque é a única que não aumenta a excreção de potássio na urina.



Um dos efeitos colaterais dos tiazídicos e furosemida é a diminuição deste mineral no sangue por excesso de perda urinária. Os poupadores de potássio agem excretando sódio e diminuindo a excreção de potássio. Isso é ótimo para quem tem potássio baixo e perigoso para quem o tem alto.

É o grupo de diuréticos mais fraco e estão contra-indicados na insuficiência renal avançada. São muito usados em associação com outros diuréticos. São freqüentemente utilizados em pacientes com insuficiência cardíaca.

A espironolactona também inibe um hormônio chamado aldosterona ( leia sobre a supra-renal), que quando aumentado, piora a insuficiência cardíaca e a cirrose. Por isso, ela é muito usada nessas 2 doenças junto com a furosemida.



Os efeitos efeitos colaterais mais comuns da espironolactona são o aumento do potássio, ginecomastia, aumento de pelos e alterações menstruais.

3) Efeitos colaterais dos diuréticos

O efeito colateral mais comum associado aos diuréticos é a perda de potássio. Com a exceção dos poupadores de potássio, todos os diuréticos podem causar perda de potássio que, quando não tratada, aumenta o risco de alterações do ritmo cardíaco que podem ser muito graves. Tomar um suplemento de potássio ou ingerir alimentos ricos em potássio pode ajudar a manter os níveis saudáveis de potássio.

Diuréticos para eliminação de potássio têm seus próprios riscos, que incluem altos níveis de potássio em pessoas que já possuem esses níveis elevados ou em pessoas com algum grau de insuficiência renal. Entretanto, todos os diuréticos geralmente fazem mais bem do que mal. Confira a seguir alguns efeitos colaterais dos diuréticos:



Diurese frequente – esse é um efeito colateral comum dos diuréticos e é geralmente sentido por até seis horas após a ingestão da dose.
Tontura e fraqueza – dois sintomas que podem afetar especialmente os idosos, mas geralmente desaparecem após o período de ajuste.
Cãibras – efeito colateral relacionado aos baixos níveis de potássio.
Desidratação – pode causar tontura, sede, ressecamento excessivo da boca, urina escura ou constipação.
Irritações na pele – podem surgir, mas são raras.
Perda de apetite e vômitos – efeitos colaterais que podem estar relacionados aos baixos níveis de potássio.

Idosos apresentam efeitos colaterais com maior freqüência e intensidade, tais como delírios, tonturas e desmaios. Eles também estão mais suscetíveis à desidratação, à diminuição do volume de sangue e à deficiência de cálcio, potássio, sódio e magnésio.

Geralmente, pacientes mais velhos precisam de doses menores de diuréticos e de uma observação mais cuidadosa, mas têm prescrições rotineiras. Um grande número dos pacientes que tomam diuréticos desenvolve uma tolerância a eles.



adaptação, DUDU HALUCH

Fonte:

http://www.mdsaude.com/2008/11/para-que

http://pt.wikipedia…./wiki/Diurético




Gostou? Compartilhe!

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Email
Imprimir
Se inscrever
Notificar de
guest
Gostou da publicação?
0 Comentários
Mais votado
Mais novo Mais antigo
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Tanta droga pra nada

Às vezes eu vejo uns caras com shape meia-boca se se vangloriando por estar se enchendo de drogas, estimulantes, esteroides, DNP, hormônios da tireoide, GH,

Dependência psicológica de esteroides

Como a grande maioria dos fisiculturistas tenho dependência psicológica de esteroides anabolizantes, reforçada pela vigorexia inerente a um esporte que foca mais na estética do

INIBIÇÃO DO EIXO HPT E TPC (DUDU)

O uso de esteroides androgênicos inibe a produção de testosterona e a espermatogênese em homens por meio da supressão do eixo HPT (hipotálamo-pituitária-testicular). Isso pode

TOP NATURAL e GENÉTICA (DUDU)

Mais importante que níveis de hormônios elevados é a sensibilidade dos receptores, principalmente do receptor androgênico (AR). Isso é um dos fatores que caracteriza um

Leia Mais